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Além de Lacerda, outros dois envolvidos também foram condenados. Priscila dos Santos Silva, que se entregou à polícia em 2024 após estar foragida, foi sentenciada a 9 anos de prisão. Já Nuriey Castro, apontado como responsável pela captação e distribuição dos valores da empresa Hort Agreste, recebeu uma pena de 11 anos.
As condenações são resultado de um processo que investigou o golpe, onde os acusados atraíam investidores com promessas de rendimentos rápidos e altos, mas nunca cumpriam os pagamentos.
Jucélio Pereira e Nuriey Castro continuam presos preventivamente, enquanto Priscila dos Santos segue respondendo ao processo em liberdade, uma vez que a decisão ainda cabe recurso.
A defesa de Jucélio e Priscila informou que está preparando os recursos necessários. A advogada Kianne Nóbrega, que representa os dois réus, declarou: “É uma sentença em que não há que se falar em condenação definitiva porque ainda não houve trânsito em julgado. Não vamos recorrer. Não compreendemos que houve delito de estelionato e associação criminosa.”
Não conseguimos contato com a defesa de Nuriey Castro.
Entenda o caso:
Jucélio Pereira de Lacerda, empresário de Lagoa Seca, foi preso em fevereiro de 2024 acusado de liderar um esquema fraudulento com a empresa Hort Agreste. O golpe envolvia promessas de altos lucros através de investimentos no cultivo hidropônico de hortaliças, especialmente tomates. Ao longo de dois anos, o esquema causou um prejuízo superior a R$ 120 milhões, atraindo investidores com promessas de rendimentos altos, mas sem entregar os retornos.
Lacerda e outros sócios, como Nuriey Castro, foram presos. Priscila dos Santos Silva, a terceira pessoa envolvida e que estava foragida, se entregou à polícia ano passado. Ela foi ouvida na Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa. O caso está em segredo de Justiça, e a polícia investiga se mais pessoas estão envolvidas. O empresário alegava ter uma “descoberta química” que aceleraria o crescimento das plantas e geraria lucros rápidos. No entanto, quando os investidores tentavam cobrar os retornos, os pagamentos nunca eram feitos.
A polícia investiga a possibilidade de o esquema ser uma pirâmide financeira e se mais vítimas estão envolvidas. O número total de prejudicados ainda não foi revelado.