Uma investigação da Polícia Federal no Paraná desvendou uma rede internacional de tráfico de drogas por meio do Primeiro Comando da Capital (PCC) usando o porto de Paranaguá (PR) para envio de drogas à Europa. Os principais destinatários seriam integrantes de máfias da Itália e da Albânia
A apuração é conduzida pelo Grupo de Investigações Sensíveis (Gise) e aponta três núcleos desse esquema: operacional (tráfico); liderança (coordenação); e financeiro (lavagem de dinheiro), segundo relatórios obtidos.
O nome do cantor Gusttavo Lima é citado no núcleo financeiro por conta da negociação de compra e venda de uma aeronave da empresa dele.
A investigação é batizada de Mafiusi, que significa máfia, e foi deflagrada em dezembro do ano passado, com determinação de mandados de prisão e 35 mandados de busca e apreensão. Alguns desses mandados foram cumpridos na Itália, por meio de cooperação internacional, e bloqueio de ativos financeiros em relação a 79 pessoas físicas e jurídicas. A estimativa dos valores dos bens apreendidos alcança o montante de R$ 126 milhões.
Em nota, a empresa de Gusttavo Lima nega qualquer irregularidade.
“A Balada Eventos, empresa que administra a carreira artística do cantor Gusttavo Lima, esclarece que adquiriu uma aeronave da empresa JBT EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES EIRELI, através de seus representantes legais (família Golin), em junho de 2022. Essa foi a única negociação realizada entre a Balada Eventos e a empresa JBT. A operação ocorreu de forma legal, com contrato de compra e venda formal, devidamente registrado na ANAC”, diz a nota.
A equipe do cantor e presidenciável também aponta que “não conhece a pessoa de Willian Barile Agati, devendo tal informação ser requisitada junto a família Golin”.