Em 25 de dezembro de 1974 o bairro do José Pinheiro, em Campina Grande, Agreste da Paraíba, viveu a maior tragéd1a de sua história. A explosã0 de um cilindro de oxigênio, usado para encher balões de sopro em um parque de diversões instalado ao lado de uma igreja expl0diu, deixando oito m0rtos e mais de 100 fer1dos. A tragéd1a completou 50 anos nesta quarta-feira (25).
A tragéd1a que marcou a vida de milhares de pessoas aconteceu na tarde do feriado de Natal de 1974. Na ocasião, milhares de campinenses aguardavam com expectativa os festejos natalinos daquele ano, que seriam realizados pela primeira vez na Paróquia de São José, na rua Campos Sales, no José Pinheiro, em virtude das obras de reparo que estavam acontecendo na Avenida Floriano Peixoto, onde ficava a Igreja Matriz da época, hoje Catedral Diocesana de Campina Grande.
Seguindo a tradição das quermesses, com a conhecida Festa do Pavilhão, vários brinquedos de um parque de diversões foram instalados ao lado da igreja, para que as crianças da região e os fiéis que frequentavam a paróquia pudessem se divertir após das tradicionais missas natalinas. O momento, portanto, era muito aguardado. Mas, o que era para ser festa acabou se transformando em luto.
Na Festa de Pavilhão, que aconteceria logo após das missas natalinas, ao lado da Igreja de São José, várias crianças estavam enfileiradas aguardando receber balões de sopro, exatamente no cruzamento entre a rua Adelino de Melo e a Campos Sales. Foi quando uma grande explosã0 silenciou o barulho da brincadeira. Depois disso, segundo a historiadora, o lugar virou um cenário de filme de terr0r.
A cena que se seguiu era de desespero. Testemunhas relatam que chegaram a ver partes de c0rpos em ruas próximas ao acidente. Mais de 100 pessoas ficaram fer1das, com graves que1maduras e mut1lações pelo corpo. Algumas delas, inclusive, tiveram membros do corpo amputad0s e carregam até hoje as marcas da tragéd1a. Outras 8 pessoas m0rreram no episódio.
A rua Campos Sales, principal rua do bairro, guarda as memórias do dia 25 de dezembro de 1974 no relato de cada pessoa que mora nela.