Segundo Haddad, o conjunto de ações pode gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, fortalecendo o compromisso do governo com a sustentabilidade fiscal.
Entre as iniciativas destacam-se o reajuste do abono salarial, ajustes no crescimento das emendas parlamentares ao limite do arcabouço fiscal (2,5% ao ano), mudanças na idade mínima de aposentadoria dos militares e restrições à transferência de pensões. Além disso, metade das emendas de comissões do Congresso será destinada à saúde pública, fortalecendo o SUS. Haddad também ressaltou que, em caso de déficit primário, será proibida a criação ou ampliação de benefícios tributários.
Em seu pronunciamento, o ministro defendeu as medidas como essenciais para reduzir a inflação, os juros e o custo da dívida pública. Segundo ele, o pacote reflete uma abordagem humanista da economia, onde quem ganha mais deve contribuir mais, permitindo investimentos em áreas estratégicas para combater desigualdades sociais e melhorar a qualidade de vida da população.
As propostas ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional, e Haddad afirmou estar confiante em uma aprovação ainda neste ano, apesar do calendário apertado. O mercado reagiu com cautela antes do anúncio, com o dólar alcançando R$ 5,91, o maior valor desde a criação do real, refletindo a expectativa sobre a capacidade do governo de manter o equilíbrio fiscal.
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