A decisão da Diocese de Patos de transferir o Padre Fabrício Dias Timóteo, da função de pároco na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Taperoá, para a função de vigário paroquial em Santana dos Garrotes, no Vale do Piancó, desencadeou uma onda de indignação entre a comunidade católica sertaneja. Para muitos fiéis, a mudança representa mais que uma simples transferência, levantando suspeitas de que o religioso estaria sofrendo uma possível retaliação interna.
O anúncio, feito por comunicado assinado pelo Bispo Dom Eraldo nesta terça-feira (29), confirma a designação de 13 padres para novas paróquias a partir de 2025, mas a transferência de Padre Fabrício tem sido a mais comentada e questionada. Fiéis que acompanham o trabalho do sacerdote em Taperoá afirmam que a decisão é um golpe no esforço do padre para aproximar a Igreja das necessidades da população local, especialmente com suas missas campais de cura e libertação, que chegaram a atrair milhares de devotos de várias cidades do Sertão.
Em anonimato, membros da comunidade alegam que Padre Fabrício, carismático e comprometido com práticas religiosas voltadas ao acolhimento e à cura espiritual, estaria sendo desvalorizado pela liderança diocesana. Um fiel de longa data, que pediu para não ser identificado, revelou que Dom Eraldo teria orientado Padre Fabrício a limitar as missas campais de cura e libertação, cerimônias que, segundo alguns paroquianos, representam uma das únicas oportunidades de reconforto e renovação de fé para os católicos da região.
Padre Fabrício, conhecido por sua habilidade em atrair multidões com suas pregações e pela proximidade com as dores e alegrias da comunidade, parece estar no centro de um embate entre as expectativas dos fiéis e as diretrizes da Diocese. Em várias ocasiões, ele conduziu celebrações ao ar livre que contaram com milhares de participantes, trazendo não apenas a palavra de Deus, mas também consolo e esperança a uma população frequentemente desassistida.
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