Redes sociais estão banalizando o uso de termos ligados à saúde mental, afirmam 77% dos brasileiros. “Fulano é tóxico”. “Isso me dá gatilhos”. “Sou uma pessoa muito bipolar”. Se, enquanto navegava pela internet, você teve a impressão de que frases como essas têm se tornado cada vez mais comuns, saiba que não está sozinho: de acordo com 77% dos brasileiros ouvidos em uma recente pesquisa, expressões do tipo vêm não apenas se popularizando em larga escala nas redes — mas sendo usadas de forma banalizada pelos internautas, que supostamente reduziriam o vocabulário terapêutico a “frases de efeito” virais.
Quem traz a constatação é a Preply, plataforma que, no mês em que o Brasil celebra o Setembro Amarelo, pediu que entrevistados de todas as regiões revelassem como se autoavaliam psicologicamente nos últimos tempos, entre detalhes como a frequência com que compartilham suas angústias, com quem costumam falar dos próprios sentimentos e as principais dificuldades na hora de se abrir com os demais.
Embora seja capaz de ampliar a conscientização sobre o assunto, para a maioria dos ouvidos no levantamento, os impactos negativos do ambiente digital vão além da banalização de termos sérios como “burnout”, “trauma” e “depressão”, englobando a propagação de informações incorretas, o aumento de autodiagnósticos imprecisos e, ainda, o acesso dos usuários a conteúdos prejudiciais.
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