A diretora do filme "O Auto da Compadecida 2", Flávia Lacerda, explicou em entrevista como a equipe de produção abordou a criação da continuação do longa, baseada na obra de Ariano Suassuna. Flávia detalhou que a equipe explorou diversos caminhos estéticos e criativos para garantir uma homenagem adequada às cidades envolvidas na trama, como Cabaceiras e Taperoá, no Cariri paraibano. A narrativa exigia mostrar Taperoá em dois estados distintos: primeiro, em decadência, e depois, com revitalização e pujança. Como representar essas transformações na realidade seria difícil, a equipe decidiu criar essas mudanças digitalmente.
“A gente vai poder mostrar [no Imagineland 2024 em João Pessoa] um pouquinho dos caminhos estéticos e criativos que a gente tomou para poder contar essa história e para poder fazer jus e homenagem à cidade de Taperoá, e o tamanho da importância que ela ganhou no imaginário popular, virando uma cidade mítica. Foi um grandíssimo desafio e a gente só topou quando começou a ter uma ideia que tivesse um começo, meio e fim, e que, como é uma continuação”, explicou Flávia Lacerda.
Diretores e atores da continuação do filme, como Selton Mello e Matheus Nachtergaele, estiveram presentes no Imagineland 2024, em João Pessoa, com um painel para falar justamente da sequência do longa-metragem e tirar algumas dúvidas dos fãs sobre o filme que estreia em dezembro.
Além do desafio em não poder trazer os mesmos detalhes cinematográficos presentes no primeiro filme, gravado em 1999 e sendo lançado no ano seguinte, Flávia também explicou que a obra de continuação deveria ser fiel aos personagens originais e que o maior desafio em fazer “O Auto da Compadecida 2” era o de mudar para não mudar o que já estava estabelecido na cultura cinematográfica brasileira.