O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insinuou, nesta quinta-feira (25), que o presidente Lula (PT) e o STF (Supremo Tribunal Federal) querem facilitar seu assassinato. A declaração ocorreu durante um comício em Caxias do Sul (RS), ao mencionar o atentado contra Donald Trump.
Bolsonaro alegou que Lula teria tirado dele dois carros blindados - a lei, no entanto, não prevê a disponibilização, por parte da presidência da República, de carros blindados para ex-presidentes, apenas carros.
Além disso, Bolsonaro disse que, por medidas cautelares, tiraram quatro assessores que trabalhavam em sua segurança. Procurada, a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) afirmou, no entanto, que Bolsonaro faz uso das nomeações de servidores a que tem direito e dos dois carros, ainda que não sejam blindados.
A Secom afirmou ainda que medidas cautelares são de responsabilidade do Judiciário e que "Bolsonaro não tem nenhum direito extra àqueles previstos na legislação". A Presidência não comentou a acusação do ex-presidente.
Também procurado, o STF não se manifestou sobre as declarações. Assessores que atuavam para Bolsonaro foram alvo de medidas cautelares do Supremo no âmbito de investigações na corte, impedindo que os investigados, o que inclui Bolsonaro, pudessem se comunicar.